Costumo dizer que não tenho roupa. Aniversário da fulana:
não tenho roupa, Casamento do neto bastardo do meu bisavô, não péra isso é
Legião... É quase um mantra: evento = não tenho roupa. Ao fazer o levantamento
de tudo que eu tenho cheguei a conclusão que eu tenho mais roupas do que preciso,
mais roupas do que duas pessoas precisam, talvez. Mas a questão é: de onde saíram todas essas
roupas, já que eu não tenho roupa???
Quando eu casei não me programei muito bem, tinha muitos
compromissos espalhados pela cidade e nenhum deles perto do lugar onde eu iria
morar. Tudo era perto do meu endereço de solteira, mas enfim... O que eu podia
fazer e fiz, foi adaptar minha rotina às minhas possibilidades logísticas.
Concentrei as atividades nas noites de dois dias da semana e fiquei livre nos
outros três. (Não conto final de semana porque acho contraproducente ocupar os
dias de lazer, meus finais de semana são dedicados a tudo, menos ao relógio.)
Com isso, continuei usando a casa de mamãe as terças e quintas e tentei não
envenenar a mim e ao meu marido nos outros dias, já que eu sou péssima
cozinheira.
Essa decisão prática causou um dilema, como me vestir para
tudo o que eu tinha para fazer tendo residência em dois endereços distintos e
separados por 37 km? Pensei dois segundos e decidi: dois armários completos, um
em cada casa, para facilitar a minha vida e não passar aperto. Num primeiro
momento me pareceu uma ótima idéia, mas hoje eu vejo que só serviu para
aumentar a confusão, a desordem e as compras.
Ainda não terminei a arrumação dos dois armários, nem a
lista de roupas em cada casa. Mas, pelo que eu já consegui listar, percebo que
não preciso de 15 calças para trabalhar e muito menos de 30 camisas sociais em
um único endereço.
Acho que agora que vou ficar um ano sem comprar, talvez
consiga usar todas essas roupas...
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