quinta-feira, 30 de outubro de 2014

DESAPEGANDO




Tenho um amigo que fala que eu deveria me apresentar para as pessoas falando assim: "Meu nome é Andrea e eu sou filha única". Claro que eu sou egoísta e sem querer generalizar (mas já generalizando), acho que todo filho único é. Alguns mais, outros menos, mas egoístas sim!

Sabe o que é o mais engraçado? Eu não sou apegada. Não empresto minhas roupas, mas faço com frequência àquela faxina no armário e doo muito. Malas e mais malas de roupa foram doadas ao longo da minha vida. Dificilmente faço ajustes em roupas e tenho pena de customizar alguma peça (aka meter a tesoura) e estragar uma roupa perfeitamente usável. Até me deram a idéia de fazer um bazar e tals, mas eu prefiro a doação simples. É mais prático e me dá uma sensação boa de saber que apesar de toda a loucura no fim tudo deu certo. É como o Ross convencendo a Phoebe que a bicicleta ficaria triste porque não era usada (eu vi muito FRIENDS e muitas referências serão feitas, deal with it).

E apesar de ser uma colecionadora (isso, vício agora atende por outro nome) de esmaltes, pratico desapegos constantes. Há uns dois anos comecei a listar meus esmaltes para não comprar cores duplicadas (sim, aconteceu duas vezes), a planilha foi ganhando vida própria e chegou no modelo que me atende perfeitamente. Fiz uma contagem rápida e verifiquei que já doei 234 esmaltes. E não vou nem dizer quantos eu tenho porque é caso de internação...

Ao começar a arrumar as minhas coisas de verdade, com olhar crítico já doei várias peças que não serão repostas. Pelo meu levantamento preliminar ficar um ano sem comprar roupas não vai causar danos aos meus looks. Tem coisa mais do que suficiente para usar sem repetir nada durante um bom tempo.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

A saga da camisa branca

Apesar de trabalhar num local que tem um dresscode bem informal, tenho o hábito de trabalhar de calça social (ou jeans) e camisa de manga comprida. Nesse momento, todo mundo que não é do Rio se pergunta: Camisa de manga comprida??? E afirma: LOUCA!!!

Deixa eu explicar...

Como no RJ é sempre muito quente as empresas costumam usar o ar condicionado na temperatura mais próxima do inverno siberiano possível, assim trabalho de manga comprida e sempre tenho um tricozinho leve na gaveta...

Depois dessa longa explicação, vamos a mais uma armadilha do consumismo.

Ontem eu estava me lamentando que não tinha nenhuma camisa branca social para usar. Um doce para quem adivinhar a cor da camisa que eu estou usando hoje... Isso mesmo, uma camisa branca. Não só ainda tenho 3 camisas brancas de manga comprida, como encontrei uma de manga curta.

Quer dizer,  não apenas habitavam meu armário 3 peças iguais a que eu queria comprar, como eu não conseguia enxergá-las.

Nem acredito que em menos de 45 dias meu cérebro já deu ruim e está tentando de todas as formas me fazer comprar alguma roupinha. O próximo passo é acontecer comigo o que aconteceu com a Rachel na primeira temporada de Friends...

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

30 down, 335 to go!

Hoje faz um mês que eu tomei a decisão que não precisava comprar roupas durante um ano. É difícil? Sim. É impossível? Não! A verdade é que na maior parte do tempo eu não penso em comprar roupas. Algumas vezes passo vontade (por exemplo, a nova coleção da Adidas para Farm), mas tem sido bem menos sofrido do que eu imaginava.
Ao contrário de algumas outras pessoas, não estou precisando controlar os gastos, não tenho dívidas, grande parte do que eu compro pago no cartão de débito e nunca pago menos do que o valor integral do cartão de crédito.
Então, por que essa decisão aparentemente tão radical? Como disse antes, tem muita roupa com etiqueta dentro do meu armário e eu acho isso um desperdício, tanta roupa linda que nunca deu uma voltinha sequer...
Vamos que vamos, agora faltam apenas 335 dias...
PS: Acho que vou comprar o casaco maracatu da Adidas... Vamos ver!

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Eita Giovanna, o forninho quase caiu!!!



Quando eu resolvi que ia passar um ano sem comprar roupas eu sabia que seria bombardeada por tentações o tempo todo. Seja aquela vitrine com um SALE vermelho gigante ou aquela vendedora fofa chamando para ver as novidades na sua loja querida do coração.
Não vou fazer fotos de look do dia ou coisa semelhante, porque não é esse meu objetivo. Meu objetivo é única e exclusivamente passar um ano sem comprar, mas ontem no meu e-mail eram 25 mensagens me convidando a comprar!!! Haja coração para aguentar tanta pressão, Braseeel!!!
Ontem, ao ler meus e-mails um especialmente me chamou atenção. Mas para isso preciso contar uma particularidade. Mais do que às marcas (que não necessariamente são aquelas badaladas), eu sou fiel às vendedoras. Se eu gostar da vendedora, fico comprando na mesma loja por muito tempo.
Tendo esclarecido isso, minhas últimas compras foram todas na Farm por causa da fantástica Adriana, e depois que ela saiu de lá a loja meio que ficou de lado. Mas ontem, recebi o fatídico e-mail da pré-venda da coleção nova da Adidas. Cada peça maravilhinda e eu sem poder comprar nem um elástico de prender cabelo? Enfim, estou namorando algumas peças e tive que usar todo meu autocontrole para sair do site sem comprar os dois casacos que coloquei no carrinho.
Por enquanto essa foi a compra não realizada mais difícil, porque eu sei que são produzidas poucas peças e depois não há reposição.
Quem sabe na próxima coleção eu nem sofra tanto...

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

De quem são essas roupas no meu armário?



Costumo dizer que não tenho roupa. Aniversário da fulana: não tenho roupa, Casamento do neto bastardo do meu bisavô, não péra isso é Legião... É quase um mantra: evento = não tenho roupa. Ao fazer o levantamento de tudo que eu tenho cheguei a conclusão que eu tenho mais roupas do que preciso, mais roupas do que duas pessoas precisam, talvez. Mas a questão é: de onde saíram todas essas roupas, já que eu não tenho roupa???
Quando eu casei não me programei muito bem, tinha muitos compromissos espalhados pela cidade e nenhum deles perto do lugar onde eu iria morar. Tudo era perto do meu endereço de solteira, mas enfim... O que eu podia fazer e fiz, foi adaptar minha rotina às minhas possibilidades logísticas. Concentrei as atividades nas noites de dois dias da semana e fiquei livre nos outros três. (Não conto final de semana porque acho contraproducente ocupar os dias de lazer, meus finais de semana são dedicados a tudo, menos ao relógio.) Com isso, continuei usando a casa de mamãe as terças e quintas e tentei não envenenar a mim e ao meu marido nos outros dias, já que eu sou péssima cozinheira.
Essa decisão prática causou um dilema, como me vestir para tudo o que eu tinha para fazer tendo residência em dois endereços distintos e separados por 37 km? Pensei dois segundos e decidi: dois armários completos, um em cada casa, para facilitar a minha vida e não passar aperto. Num primeiro momento me pareceu uma ótima idéia, mas hoje eu vejo que só serviu para aumentar a confusão, a desordem e as compras.
Ainda não terminei a arrumação dos dois armários, nem a lista de roupas em cada casa. Mas, pelo que eu já consegui listar, percebo que não preciso de 15 calças para trabalhar e muito menos de 30 camisas sociais em um único endereço.
Acho que agora que vou ficar um ano sem comprar, talvez consiga usar todas essas roupas...